Em "Dia Internacional dos Museus", depois de temporáriamente encerrados, finalmente já podem voltar a reabrir, mas com novas regras de visita.
O Museu do Volfrâmio localizado no Centro da Vila de Cerva abriu as suas portas em 2018.
Funciona como Centro Interpretativo e possui um conjunto de documentação, coleção geológica, vários utensílios ligados ao ato da extração e transporte.
Das várias minas de Adoria, S. João do Monte da Corda, no inicio todo o Volfrâmio era extraído com picaretas e enxadões à luz de gasómetros, do interior para o exterior das minas vinha em vagonas que rolavam sobre uma linha férrea. O transporte era feito desde o cume das serras de onde era extraído, até ao Vale de Cerva junto ao rio, inicialmente por carros de bois e mais tarde após a chegada da eletricidade via teleférico para a Lavaria do Penoso para ser triturado lavado, separado, secado e ensacado para daí ser enviado para a Alemanha.
Este Museu faz atualmente parte da “Rota do Volfrâmio” do norte e centro de Portugal.
Associada à tradição de muitos séculos, está também a sementeira e tecelagem linho em Cerva.
Depois da criação da internacionalmente reconhecida Cooperativa de Artesãos Cervenses, em 2017 abriu também o Museu do Linho situado em Limões.
Este museu funciona como centro interpretativo, Possui um conjunto de trabalhos de excecional qualidade desde colchas lindíssimas, toalhas e muitos outros trabalhos.
Foi recentemente distinguido pelo “Interreg Europe”, plataforma da União Europeia.
18/05/2021:
Estilista conceituado da alta moda francesa Christian Louboutin, visitou várias localidades de Trás-os-Montes, e em especial a Vila de Cerva, inspirando-se no meticuloso trabalho da Cooperativa de Artesãos Cervenses, para a sua nova criação da mala de senhora.
As tecedeiras de Cerva ficaram assim contratadas por um periodo de vários meses para executarem o ripado e franjas deste novo modelo de carteira de luxo.
Todo o seu excelente trabalho realizado pode ser observado na imagem que se segue.
Este estilista é um grande admirador da cultura portuguesa, vem sempre todos os anos no verão para o nosso país para desenhar as suas novas coleções. Esta mala batizada de “Portugaba”, produzida em dois tons, preto e branco, foi criada com o objectivo de homenagear o talento e a arte do bem-fazer encontrados nos portugueses.
Salienta-se o sucesso de venda que esta nova mala teve no seu site “Maytheresa”, apesar do preço ser elevado em menos de 24 horas ficou esgotada, tendo assim sido nessessária uma nova reposição.
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Nota:
no "Concurso Rainha das Camélias" em Celorico de Basto.
Parece que o linho em Portugal foi introduzido na idade do ferro, com a primeira invasão dos Celtas (Mouros), aproximadamente no ano 1000 a.C. provavelmente na região de Entre Douro e Minho, desde Cerva até Guimarães. Através de uma longa selecção feita pelo homem, somente conseguida pela eliminação das sementes muito pequenas e muito grandes, originou grandes culturas em toda a região, o qual era denominado por Lini humilis hibernantes Lusitaneae Borealis (Duriminia, Cerva: Typus), de crescimento rápido unicaule e como linho de primavera.
Durante as campanhas da Lusitânia romana havia a necessidade de promover toda esta região, dando a conhecer todas as suas potencialidades naturais e produtivas, da qual temos o conhecimento também de actividades de caça pesca e pecuária, onde referente a Cerva se menciona Cândido Colore como seu donatário.
Durante os tempos seguintes estas foram as grandes fontes de comercialização, com o proveito para a sobrevivencia das gentes desta região.
Há referências de que a 5 de Abril de 1824 se vendia linho e linha para fins militares e a 13 de Junho de 1833 os moradores do Concelho de Cerva venderam 200 lençóis, 75 enxergões e 75 travesseiros. Segundo alguns registos encontrados, Guimarães chegou a vir comprar linha à ponte de Cerva.
Por todas estas razões é que felizmente a tradição se mantem até aos dias de hoje e se criou a Cooperativa de Artesãos Cervenses.
As centenas de "écharpes" em linho produzidas pela Cooperativa de Artesãos Cervenses, situada na Vila de Cerva, têm como destino as melhores "passerelles" de moda de Espanha, são elaboradas com linho produzido nos campos de Cerva e também com linho industrial.
Por ano são produzidas cerca de 600 peças, para o "El Corte Inglês" divididas em igual número, pelas colecções de Verão e Inverno. Esta ligação com Espanha já existe há sete anos. Cada peça pode demorar cerca de um dia a ser produzida nos teares tradicionais.
A Câmara Municipal apoia esta Cooperativa, é a única existente em Trás-os-Montes, produzindo este tipo de artesanato.
Em Portugal, as "écharpes" de linho produzidas pela Cooperativa de Cerva, podem ser encontradas em algumas lojas de moda do "El Corte Inglês".
Destas mãos maravilhosas das artesãs saem, em especial para o mercado nacional, também alvos "naprons", toalhas de mesa, "jogos de casa de banho" e "jogos individuais".
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